terça-feira, setembro 02, 2008

Areia para os olhos I

“Portugal está melhor”. Esta é uma frase que se mantém nos nossos ouvidos, vinda sei lá bem de onde. Talvez dos nossos governantes que acreditam que, se a disserem muitas vezes, acabará, eventualmente, por ser verdade… A taxa de desemprego desceu, o crescimento económico aumentou e há menos buracos no orçamento, de Estado, entenda-se. A crença instalou-se. Os nossos governantes acham mesmo que Portugal está melhor. Ou disfarçam muito bem! Se alguém lhes perguntar, eles responderão que Portugal está melhor. Bem, mas isto são eles. Os meus pais dizem que não sabem muito bem. Ouvem dizer que sim, mas não é essa a ideia que têm… Nem os meus vizinhos. Estes dizem que as coisas estão bem mal! Nem a Ti Zefa, velha espertalhona que mora ali ao lado dos meus pais, que diz que antigamente é que era. Talvez ela não percebesse muito bem, porque o “antigamente” dela refere-se a quando vivia às custas do marido. É óbvio que nesse tempo é que era! Agora, continua a viver às custas do marido, ou da pensão que resta da sua morte, daí considerar que as coisas estão do pior!



Há tanto para dizer… Podia começar por dizer que a taxa de desemprego desceu porque reencaminharam milhares de desempregados para os cursos Novas Oportunidades e esses milhares saíram da estatística. O crescimento económico deu-se devido a um sem número de sacrifícios da população, que ainda não colheu frutos alguns. O orçamento tem menos buracos… se assim o dizem! Se eu considerasse a Religião uma actividade cultural também taparia uns quantos buracos…
A crença geral é que basta! Basta de hipocrisia e falso moralismo, demagogia barata e oratória elaborada. Portugal está inserido num mundo que está, por si só, em constante movimento e, consequentemente, ruptura. Talvez seja por isso que também Portugal tenha as suas rupturas, com ou sem movimento…
Chegam exemplos de todo o lado sobre as mais variadas situações. Normalmente, entram em conflito, não coabitam e perde a situação mais nobre face à mais enfeitada.

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