terça-feira, julho 29, 2008

A propósito de super-heróis...

Numa conversa, há uns dias, confrontaram-me com uma questão deveras interessante: qual o meu super-herói favorito?
Remeti-me ao silêncio surpreso da questão, pois nunca tinha pensado nisso...
Lembraram-me de que, hoje, os jovens não têm heróis favoritos, não querem salvar o mundo, não se vestem como o seu herói no Carnaval e afins...
Passaram-se inúmeras imagens pela cabeça, capas e collants, cuecas fora das calças justas, poderes especiais, mas não consegui chegar a uma conclusão...
Na minha angústia, perguntei-me a mim mesma se iria ver ou ler alguma coisa sobre a Super-Mulher ou sobre o Super-Homem, os Quatro Fantásticos, o Capitão América, até o Major Alvega... Nada.
Olhei para o outro lado da rua, enquanto pensava. Lá estava a minha resposta:

Tão óbvio que até me envergonho do tempo que perdi a pensar...

segunda-feira, julho 28, 2008

O mundo às avessas


Como é que nós sabemos que o mundo está às avessas? Não sabemos. Temos a ligeira sensação de que está qualquer coisa mal, mas não nos mexemos. Esperamos que passe.
O Homem cria máquinas para pensarem por ele, facilitando, assim, o seu desempenho. Logo, perde, igualmente, alguns neurónios... Já que não os precisará de usar...
Será isto que está a acontecer? Será que é desta forma que as coisas se processam? Será que as pessoas que não se mexem acreditam, mesmo, que as coisas passam?
Será que, algum dia, quem se mexe fará todos os outros mexerem-se, também?
Somos pequenos e o mundo não é, de facto, nosso.
Como o conseguimos virar?

quinta-feira, julho 10, 2008

44 anos: velho ou contemporâneo?!


No dia 10 de Julho de 1964, surgia um dos artigos de vestuário que iria revolucionar o mundo feminino (e, consequentemente, o masculino) e que marcaria, não só uma década, mas todas as décadas seguintes, até hoje!
Depois das calças cigarette, surge a minissaia, essa grande invenção para as mulheres revelarem um pouco mais de si e, ao mesmo tempo, iludirem um ou outro macho menos preparado (vulgo, poucochinho!).
Parece estranho eu falar sobre isto, mas esta viragem trouxe muito mais do que um novo roupeiro, trouxe toda uma nova mentalidade que, felizmente, aconteceu na adolescência da minha mãe (que usava e abusava de minissaias, apesar dos palitos que tinha no lugar das pernas, tipo boneco à Tim Burton) e que foi passada para mim, com grande espírito aberto e livre para partilhar toda e qualquer opinião a fim de, seguidamente, poder opinar sobre ela.
Por isso, agradeço a invenção!
Só tenho mais uma coisita a salientar... é que a minissaia foi uma criação conjunta de Mary Quant e André Courrèges.
Tinha mesmo de ter mão de gajo...

domingo, julho 06, 2008

Whats so funny about peace, love & understanding?

A maior parte da nossa vida, passamo-la na insignificância. Suponho que, desse tempo, grande parte é por nossa opção. Nós queremos permanecer na transparência.
Por vezes, queremos mudar o mundo. Por vezes, o fôlego falha-nos e a coragem atraiçoa-nos.
No entanto, momentos há em que concretizamos e somos felizes nas nossas escolhas, mesmo que não consigamos perceber a razão.
Discutimos ideais, tentamos convencer, somos convencidos, mudamos de opinião, engolimos o "Deus me livre!" e o "Nunca na minha vida!", agarramo-nos a situações banais, voltamos a sorrir, voltamos a sofrer, enfim, a sentir...


É um pouco assim que me sinto neste momento. Não concretizei, efectivamente.
Momentos houve, ao longo destas poucas décadas que me antecederam, em que consegui atingir níveis duvidosos, em situações complicadas, escolhendo, provavelmente, caminhos mais sinuosos e difíceis. Creio que, em muitas escolhas, a palavra "arrependimento" possa ser utilizada.



E, depois, há a memória, a recordação.
Por vezes, basta uma troca de palavras para que nos sintamos em melhor forma. Depois, vem o abatimento, a depressão, a profunda nostalgia, melancolia ligada à saudade.
Neste preciso momento, após ter desfolhado longas e múltiplas situações partilhadas com, provavelmente, pessoas de extrema importância para mim e para a minha vida, ter passado por filmes e imagens, textos e gestos, sorrisos infindáveis... É estranho como a imagem que me fica de nós nem sequer é nossa, mas de um karaoke mal cantado em Lost in Translation...

E, se por um lado, deixa-me com este nó apertado na garganta, por outro, tenho a certeza de que vais compreender a pergunta e encontrar uma resposta.

Miss U, Miga!

terça-feira, julho 01, 2008

Irresistível...

Lembro-me de, há alguns anos, quando vi o filme "Tudo sobre a minha mãe", dizer que Pedro Almodóvar nunca mais conseguiria fazer melhor. Depois, vi o "Hable con ella" e calei-me...
Assim, nunca mais duvidei das capacidades de certas pessoas.
Por exemplo, desta mente brilhante, estou sempre à espera de mais e de melhor!



E raramente me engano ;o)