E não nos querem nostálgicos...

Corria o ano de 1992 e, nas aulas de Técnicas de Tradução de Inglês, os enfadonhos textos trazidos pela "stôra" eram trocados pelas letras das músicas de uma nova banda que surgia a toda a velocidade.
Ninguém ficava indiferente. Os "gajos" queriam ser como eles e aprendiam à pressa os acordes das músicas para conquistarem as "miúdas" que suspiravam, principalmente, pelo vocalista. Gravavam-se cassetes, recolhiam-se letras e repetiam-se insistentemente palavras até não precisar do papel. Na verdade, há quem ainda suspire (compreendes-me, certo, Nádia?!). Na verdade, há quem ainda tente aprender os ditos acordes. E, mais verdade, há quem ainda consiga conquistar desta maneira!
Começava, assim, o movimento grunge que ficaria até aos nossos dias. Vimos outras bandas a surgirem, a terminarem, a fundirem-se, a exagerar, a morrer e a ressuscitar. Quem passou a adolescência com esta fase, com este crescimento, não ficou indiferente. Aliás, ainda guarda o cd, a k7 ou o vinil desta e daquela banda, ou de todas!
Ainda hoje não resiste a um cd que encontra numa loja, perdido das mãos actuais.
Que me perdoem todos os outros, mas quem passou a adolescência com este movimento (vulgo, trintão) está mais apto a compreender as minhas palavras. Mas isso não nos torna melhores nem piores. Apenas peço para não nos chamarem nostálgicos quando passam a vida a aparecer notícias destas: os Pearl Jam vão relançar o seu álbum de estreia, "Ten", em Maço de 2009!
Cá os esperamos!!!